Os psicotrópicos são remédios utilizados no combate das doenças de perturbação mental, tais como a ansiedade, depressão, angústia, insónia, agitação, etc. São também denominados sedativos ou tranquilizantes.
Em geral, são compostos por substâncias denominadas benzodiazepínicos. A sua utilização indiscriminada é comum e traz graves efeitos colaterais. É usual observar-se a utilização continuada de tranquilizantes por meses ou até anos seguidos.
Estas substâncias, além de provocarem dependência, levam a uma queda do rendimento individual como diminuição da memória, da atenção, da força muscular e da potência sexual. Tais factos acentuam a ansiedade ou a depressão, criando um círculo vicioso muito negativo.
Existem vários estudos científicos que demonstram que as substâncias tranquilizantes comportam-se de maneira diferente no organismo, por exemplo, do idoso, havendo tendência a aumentar o seu efeito sedativo.
Não é raro o idoso queixar-se de falta de memória acentuada, justificando-a como sendo devida à idade, e na realidade tratar-se de intoxicação por psicotrópicos. A pessoa dependente de psicotrópicos sofre quando de sua retirada súbita, podendo apresentar agitação, palpitações e tremores. A retirada deve ser sempre feita vagarosamente e sob controlo médico.
Aconselha-se o uso de psicotrópicos com muito critério, de preferência por tempo curto; quando for necessário um uso mais prolongado deve ser feito de maneira irregular, descontinuando-o com frequência. Em situações de graves distúrbios psiquiátricos a sua utilização pode ser continuada mas sempre sob controlo médico.
A utilização de hipnótico ou regulador de sono também não deve ser prolongada, mesmo porque o seu efeito sonífero em geral é curto sendo substituído pela sua ação depressora.
O uso prolongado de hipnótico pode levar a estados de ansiedade generalizada durante o dia. Em pessoas dependentes do seu uso, a sua interrupção abrupta pode levar à insónia grave e grande mal-estar geral.